domingo, 9 de setembro de 2012

Ainda Que A Figueira Não Floresça...



"O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas , e me fará andar sobre as minhas alturas" Hc 3: 19


Habacuque é um profeta sem pátria e sem sobrenome, pouco se sabe sobre a história deste homem, ele foi contemporâneo ao profeta Naum, viveu por volta do ano 600 a.C. Provavelmente ele estaria envolvido com algum ministério do templo e talvez fosse até mesmo levita.

O que se sabe é que Habacuque testemunhou a transição do domínio Assírio, dos caldeus para o domínio persa babilônico. A Assíria é descrita no texto do profeta como a insaciável e aquela que devora os povos. Aquela que confia na sua própria força e na sua rede como um deus.

São tempos de muita opressão, violência e injustiça. No início do livro o profeta se mostra ansioso clamando por um socorro que não vem. A impressão que o profeta tem é que Deus se esqueceu de fazer justiça ao oprimido e ao seu povo. Mas quando o profeta se prontifica a buscar ao Senhor, ainda que pareça demorada a resposta vem.

O livro do profeta Habacuque é um convite à esperança, a crer na ação de Deus ainda que ela pareça demorada. Nós podemos confiar que a palavra de Deus virá como livramento mesmo que pareça que nós pereceremos diante das aflições e amarguras da vida.


Confie na resposta do Senhor além do que você vê!

A primeira coisa que eu aprendo com este texto de Habacuque é que Deus não age naquilo que os nossos olhos vêem ou nas circunstâncias que a vida nos diz como elas devem ser, mas Ele age até mesmo nas impossibilidades. Habacuque não conseguia mais ver a flor da figueira, os frutos da videira, nem o óleo produzido pela oliveira. As ovelhas haviam sido roubadas e o gado exterminado, mas ele cria no que o coração dizia existir ou que viria a existir no Senhor. Ele cria na esperança de viver por fé e não por visão.


Mesmo que tudo ao seu redor seja dor, morte e destruição, encontre o lugar do louvor e da adoração a Deus pela certeza de que sua promessa de paz se cumprirá.

A alegria jubilante do louvor é a nossa confiança naquilo que Ele, o Senhor fez, faz e fará em nossas vidas independente das circunstâncias que nos cercam. É por fé e não pelas situações da vida que nos alegramos no Senhor. É a certeza de sua presença poderosa e vitoriosa que enche o coração de celebração. No Novo Testamento, o livro Atos dos Apóstolos relata a experiência de Paulo e Silas quando estavam presos.

Eles haviam recebidos muitos açoites e haviam sido encarcerados porque estavam pregando o Evangelho, mas a esperança da Eterna Glória estava em seus corações. Eles estavam dispostos a morrer naquela prisão se preciso, mas a gratidão que eles ofertaram a Deus em forma de cânticos provocou o poder libertador de Deus a favor deles. As cadeias da morte e da desesperança foram quebradas pelo poder da adoração confiante. Esta é a alegria que não se baseia no que os olhos vêem, mas no que o coração crê para justiça de Deus em nós.

Saiba Encontrar no Senhor a sua fortaleza!

No versículo 16 do livro de Habacuque :"Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz, tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me vacilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angústia, que virá contra o povo que nos acomete". O profeta sente os joelhos se enfraquecerem diante do medo da morte, ele sente como se os ossos estivessem apodrecendo de medo. Mas no versículo 19: "O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente", ele se volta para quem o faz forte. É esta confiança na força de Deus e não na nossa que mudará as perspectivas de nossas vidas.

Conclusão: É o modo como olhamos para a vida que nos fará perceber a alegria da salvação. O Senhor Jesus disse que “se nossos olhos forem bons nossa própria vida será iluminada”.

Existem pessoas que perderam a capacidade de crer, que já não conseguem perceber o poder do Senhor de transformar o medo em confiança, a destruição em possibilidade de reconstrução. Mas o Deus que responde mesmo em meio à dor e à perda nos convida a confiar novamente no seu braço forte. Qual é a figueira da sua vida que não dá mais flores? Qual é o fruto que foi arrebatado da sua videira existencial? É tempo de redescobrir a fé que nos capacita a ver o mundo pelo avesso, na perspectiva de Deus.

Fonte: Ovelha Magra

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